O Crossfit® é o esporte que mais lesiona?

Apesar de ter surgido nos primórdios dos anos 2000 nos Estados Unidos (EUA) e ser praticado no Brasil há pouco mais de 13 anos, foi somente em 2013 que o primeiro estudo sobre o assunto foi publicado por aqui. Desde então, houve um crescimento considerável no número de pesquisas sobre as lesões no CrossFit®.

Para quem não está familiarizado, esse estilo de treinamento abrangente incorpora vários elementos de aptidão física, tais como:

  • Resistência aeróbica;
  • Força;
  • Resistência muscular.

Atualmente, existem vários estudos que apresentam descobertas interessantes: em um desses estudos, uma amostra foi submetida ao treinamento de CrossFit e apresentou como resultados redução na circunferência da cintura e no índice de massa corporal, além de melhorias no desempenho em testes de flexibilidade, salto em distância e corrida.

Mas falando do assunto principal que queremos abordar, as lesões associadas ao CrossFit®, os três principais estudos revelaram taxas de:

  • 19,4% em um estudo conduzido por Weisenthal e colaboradores em 2014;
  • 23,7% em um estudo conduzido por Summitt e colaboradores em 2016;
  • 34% em um estudo conduzido por Aune e Powers em 2017.

Isso corresponde a 2,71 lesões a cada 1000 horas de treinamento. Levando em consideração que se permanece, em média, 1 hora no Box treinando, significaria dizer que levaria 3 anos para se lesionar!

Ombros, joelhos e a parte inferior das costas são geralmente identificados como os locais mais frequentemente lesionados.

Surpreendentemente, a literatura revela que a prevalência de lesões entre praticantes de CrossFit® é comparável à encontrada em corredores de rua. Isso acaba com o mito de que o CrossFit® é o esporte que mais causa lesões.


  • Dominski, F.H., Serafim, T.T., Andrade, A. “Produção de Conhecimento sobre CrossFit®: Revisão Sistemática.” Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, ISSN 1981-9900, versão eletrônica, Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es

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Alex Almeida